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O que deve passar pela cabeça do revisor quando tem de acordar uma pessoa que está a dormir para lhe ver o bilhete?
Não seria mais fácil de vez em quando ele dizer um pouco mais alto: "Preparem os bilhetes, estou a chegar"
É que o comboio da manhã vai com metade dos passageiros a dormir, ahahah
Ontem foi um dia péssimo. Devia ser um dia feliz, com direito a festa na escola do dia do pai e tudo.
Mas receber um telefonema da creche das miúdas a dizer que elas estavam com febre veio estragar o dia.
Assim, passámos a tarde no hospital com as duas com diagnóstico de escarlatina na mais velha e uma virose na mais nova.
E como se não pudesse ser mau tudo isto, acrescentem a mãe cheia de febre e sem capacidade de cuidar das princesas.
Do pior que se pode pedir para o dia do pai.
Custa tanto ir trabalhar e deixar um filho doente em casa.
Mesmo que seja com alguém de confiança, queríamos ser nós a dar-lhe miminho e colinho todo o dia...
O tempo passa a correr e, se ainda há uns tempos vos estava a dar a novidade do nascimento da Clara, a verdade é que na semana passada fez 6 meses. Sim, 6 meses!
E muita coisa aconteceu neste tempo: nascimento da Clara, mudança de cidade, mudança de trabalho, mudança de casa (ainda que provisória), novas rotinas,... Ufa, até fico pasmada com tanta mudança
Mas, no meio de tanta turbulência, este sorriso acalma qualquer coração acelerado
Tenho uma pergunta a fazer a todas as enfermeiras que disseram, quando a Clara nasceu até fazer 2 meses, que eu a devia acordar durante a noite para mamar, que ela não devia passar 6 ou 7 horas a dormir sem comer. Diziam elas que era muito tempo para um bebé recém nascido estar sem comer.
A minha pergunta é: agora que ela acorda praticamente de hora em hora, são vocês que vêm fazer turnos comigo?
É que aqueles 2 meses a dormir 7h seguidas souberam tão bem. Ainda bem que aproveitei esses tempos...
Ora aqui vai mais uma peripécia para se rirem um bocadinho:
Estava eu a iniciar a minha viagem de comboio Braga - Porto (S. Bento) quando me deu assim um ataque de sono.
Esperei só pelo revisor, aconcheguei o casaco e encostei-me à janela. Adormeci instantaneamente.
Acordei com o rapaz sentado ao meu lado a dizer: "Menina, chegamos a S. Bento, já pode acordar". E eu, agradeci. Mas ele ainda acrescentou: "Estive quase para a acordar em Campanhã, não sabia se queria sair lá, mas tinha medo que se zangasse comigo por a ter acordado".
Agradeci novamente e até me ri sozinha. A verdade é que se o rapaz não me tivesse acordado em S. Bento acho que o comboio voltava para Braga comigo lá dentro a dormir. Estava tão ferrada!
Quem utiliza os transportes públicos sabe que existem lugares destinados a pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, grávidas e pessoas acompanhadas de bebés.
Agora expliquem-me porque é que, estando o comboio vazio, há pessoas que ocupam esses lugares logo à primeira.
Algumas paragens depois o comboio começa a encher e entram alguns idosos. Não seria de bom tom as pessoas que estão a ocupar esses lugares "especiais" estarem atentas a quem entra e ver se precisam de se levantar e ceder o lugar? Muitas vezes têm de ser os outros passageiros a fazer esse gesto...
É tudo uma questão de civismo.
Ora aqui vai uma aventura que vos vai deixar sem fôlego. Pelo menos a mim deixou.
Comboio para apanhar às 8h34. São 8h30 e eu estou parada no trânsito a 250 metros da estação, isto porque um reboque resolveu ficar atravessado no meio da estrada para recolher um carro que tinha tido um acidente. Eu a ver a minha vida a andar para trás.
Disse ao meu marido, que ia a conduzir: “Vou sair aqui e vou a correr até à estação!”. Dito e feito. Acho que não corria tanto desde as aulas de educação física do secundário. Atravessar passadeiras e tentar não derrubar as pessoas que me impediam de correr, enfim, uma correria louca.
Entrei na estação e o relógio marcava 8h35 e eu pensei “Pronto, corri tanto para nada, já perdi o comboio!”. Mas olhei e lá estava ele à minha espera. Nem validei o passe. Fui a correr e entrei. E ele ainda ficou parado uns 2 minutos. E sabem porquê? Porque uma das portas estava encravada e não fechava, pelo que o revisor teve de vir fechá-la e só depois o comboio arrancou.
Até me ri sozinha.
Mas dizem vocês: “Porque não saíste de casa mais cedo?”. Eu até ia sair a horas, mas no momento de sair de casa a Diana diz: “Mamã, cocó!”. E lá fui eu pô-la na sanita. Mas em vez de demorar 2 minutos foram uns 5.
Coisas da maternidade…
Nova cidade, novo local de trabalho, novo meio de transporte, novas rotinas. Os meus dias agora passam por aqui:
Se de manhã as pessoas estão todas cheirosas, à tarde não se pode dizer o mesmo.
Alguém que avise o motorista para deixar as portas do comboio abertas para arejar! 😣