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Depois de muita incerteza e de muitas férias adiadas, lá tivemos os nossos 10 dias de férias em setembro. Com uma família com duas crianças pequenas, vimos várias opções, entre elas uma viagem do Norte ao Sul de caravana ou uma ida ao Algarve. O Algarve, para meu espanto, estava caríssimo.
Sem muitas demoras fomos pesquisar preços para os Açores, mais propriamente S. Miguel, a nossa segunda casa.
Voos a cerca de 350€ para 4 pessoas com 2 malas de 20 kg, alojamento no centro de Ponta Delgada a cerca de 450€ para 9 dias e aluguer de automóvel a 65€ para os 9 dias na ilha. No Algarve nunca consegui arranjar preços tão convidativos.
Sabíamos que indo de férias para os Açores íamos ter praia, bom tempo, água do mar a 23ºC e águas termais nas Furnas a 40ºC caso o tempo estivesse fresco (o que nunca aconteceu).
Além do mais, consideramos ser um destino seguro pelo facto de ser um lugar fechado e onde toda a gente que entra é obrigada a fazer teste. Nós acabamos por fazer dois testes, um antes de vir e outro 6 dias após o primeiro. Férias mais seguras é impossível. As crianças não precisaram de fazer o teste, caso fosse necessário não iríamos pois não as queríamos sujeitar a um teste sem motivo de força maior.
E posso dizer que foram das melhores férias que fizemos: praias ótimas onde a água parecia sopa, bom tempo, passeios à beira mar, visitas às Sete Cidades, passeio nas Furnas com direito a banho nas águas quentes do Parque Terra Nostra debaixo de uma chuva torrencial, muitos crepes na Quinta dos Açores e, acima de tudo, ver as nossas filhas felizes por tanta brincadeira nos imensos parques infantis que permanecem abertos em toda a ilha.
Os Açores são um destino seguro e que precisam de ser conhecidos por nós, portugueses.
Só para fazer um pouco de inveja, deixo algumas imagens:
Na Reserva Florestal do Pinhal da Paz
Na Reserva Florestal do Pinhal da Paz.
Praia do Pópulo.
Os melhores crepes do mundo, na Quinta dos Açores.
Fábrica de Chá da Gorreana.
O arco-íris mais bonito que eu vi na vida, perfeito.
Praia de S. Roque.
Praia do Pópulo, com nuvens negras ao fundo.
Viagem de avião na Ryanair, tranquila
... as saudades ainda são muitas. Ainda sinto um aperto no coração quando me lembro das coisas boas que por lá deixei.
Mas bem que disseram que o tempo cura. Neste caso, vai curando, atenuando as saudades. Temos ido lá muitas vezes por ano. Só o ano passado fomos 4 vezes. Agora custa mais ir mais vezes, uma vez que já não somos residentes e as viagens tornam-se mais caras.
Mas em junho vamos desforrar-nos: vão ser 9 dias só de praia, uma das coisas que eu tenho mais saudades.
Temos férias nas duas últimas semanas de setembro e estamos os 2 divididos quanto ao destino a escolher.
Eu quero muito ir mais uma vez aos Açores. As saudades são muitas daquela que foi a minha terra durante 5 anos.
Ele quer muito ir para o Algarve. Diz que tem saudades das férias de verão no sul.
Qual escolheriam? Açores ou Algarve?
Quando a nossa fotografia de fundo do telemóvel parece ficção:
Mas não é. Fotografia tirada na semana passada na Lagoa das Sete Cidades, nos Açores .
Deu para matar muitas das saudades que deixei na "minha" ilha. As paisagens, os amigos, a natureza, o antigo trabalho, o clima, os colegas, o calor bom...
Mas estas foram umas férias diferentes, já que o objetivo principal era fazer a escritura da minha casa. Foi fácil de vender, tal é a procura de casas no centro da cidade de Ponta Delgada.
Custou muito. Foi mais um elo de ligação aos Açores que se quebrou. O próximo é mudar a morada no cartão de cidadão e deixar de ser residente nos Açores oficialmente.
Está a custar, e muito...
São só férias, mas dá para matar saudades:
Furnas, Açores
Hoje fiz umas contas que me deixaram a pensar, mais uma vez, se terei tomado a decisão correta ao voltar dos Açores para o Continente: acordo às 7h para trabalhar às 10h.
Saio do trabalho às 16h para chegar a casa às 18h.
Ou seja, 5h "perdidas" durante o dia. Para trabalhar 5h por dia...
Ai meus ricos Açores...
Todos os dias me perguntam "Porque vieste embora daquele paraíso?".
E eu fico sem saber o que responder...