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Coisas que se encontram na bolsa de uma mãe:
A maternidade muda-nos a vida, esta é a mais pura das verdades. E desconfiem daqueles que dizem que depois de serem pais continuaram a ter a vida que tinham antes de o ser. Nesses casos só tenho a dizer: vocês não estão a ser os pais dessa criança.
Mas não é disso que vos quero falar. Com a chegada de um filho (ou 2) a nossa rotina altera-se, muito em função das necessidades do bebé.
No meu caso deixei de fazer muitas daquelas jantaradas cá em casa com os amigos. Faço, mas com menos regularidade. Ir numa escapadinha de fim de semana tem de ser muito bem pesado e planeado, para ver se vale a pena toda a logística (roupas, comidas, cansaço...), entre outras coisas...
Outra coisa que também se altera são as amizades. Aqueles amigos que ainda não têm filhos não compreendem quando dizemos que sair para um jantar é complicado. e que não pode ser um restaurante qualquer. Como eu costumo dizer, tem que ser um restaurante amigo de bebés e crianças: com espaço, sem muita gente, com fraldário e que sirvam rápido. Quando dizem para irmos passar um fim de semana todos juntos a qualquer lado, que eles até nos ajudam a tomar conta das crianças. Mas depois quando esta faz uma birra é fim do mundo e em vez de ajudarem só atrapalham.
Com a maternidade ganhei mais amizades. Tudo através dos grupos do Facebook destinados à maternidade (Mamãs de novembro de 2015 e Mamãs de setembro de 2017), em que estamos todas no "mesmo barco", com as mesmas dúvidas e a passar pelo mesmo. Até marcamos encontros, lanchinhos e programas que só quem tem filhos compreende (ir a um zoo, uma quinta pedagógica ou uma simples ida a um parque infantil). Só por curiosidade, a minha Clara vai andar na mesma escola que um desses bebés que nasceu no mesmo mês que ela, e em que conheci a mãe no Facebook.
Continuo com os meus amigos de longa data, felizmente esses ninguém mos tira. Mas posso dizer que também ganhei novas amizades graças à maternidade
Há o Ronaldo, e depois há a Carolina Patrocínio.
Invejo aquele pós parto! Mãe pela terceira vez há uma semana e já faz exercício físico como se nada fosse
Hoje fiz umas contas que me deixaram a pensar, mais uma vez, se terei tomado a decisão correta ao voltar dos Açores para o Continente: acordo às 7h para trabalhar às 10h.
Saio do trabalho às 16h para chegar a casa às 18h.
Ou seja, 5h "perdidas" durante o dia. Para trabalhar 5h por dia...
Ai meus ricos Açores...
Agora que mudámos de cidade ando à procura de pediatra para as princesas. Encontrei um centro pediátrico todo XPTO, com todas as especialidades e aberto em horário alargado e tudo.
Chego lá para a primeira consulta e qual foi o meu espanto? As consultas são no 2º piso, SEM ELEVADOR! Como é que um carrinho de bebé (que deve haver muitos) consegue lá entrar.
Quando fui felizmente estava com o meu marido, mas chovia torrencialmente. Se tivesse ido sozinha, como ia ser?
Conclusão: mudei de pediatra.
Foram 5 anos neste paraíso. Numa ilha verde, linda de morrer! Todos os dias me apaixonava um pouco mais por este recanto do nosso país, e muitas vezes me perguntei se não estaria num outro destino paradisíaco, talvez no Havai, Amazónia, etc.
Chegámos a S. Miguel em janeiro de 2013, solteiros e sem nada. Saímos daqui em janeiro de 2018 casados, com casa (que entretanto vamos vender), com carro e com 2 filhas lindas! Ou seja, vou embora de coração cheio e agradecida por tudo o que esta terra me deu.
Mas, como muitos compreendem, a família faz muita falta, principalmente quando se tem filhos. Ficamos desamparados, não temos ninguém cá que nos apoie caso seja preciso. E isso fez-nos pensar em voltar.
Mas se até agora as nossas férias eram no Continente, a partir de agora serão nos Açores, nas várias ilhas de preferência, já que ainda nos faltam conhecer S. Maria, S. Jorge e a Graciosa. Voltaremos, com certeza!
E agora vem a parte pior... AS MUDANÇAS!
Ainda sou do tempo em que ia com os meus pais à fonte buscar água.
Naquela altura era em Caldelas, Amares (Braga), agora é nas Furnas, nos Açores.
Mas o espírito é o mesmo: encher a mala do carro com garrafões e esperar pacientemente que todos eles fiquem cheios.
E vocês, ainda fazem isto?
Os Açores estão na moda, todos os dias ouvimos notícias que o confirmam. Os voos low cost vieram trazer uma nova dinâmica à ilha de S. Miguel, principalmente. O número de hostels e de alojamento local aumentou drasticamente, bem como as empresas de aluguer de automóveis. O único problema é que a ilha não se preparou para tanta gente de uma vez, e os efeitos são visíveis:
Estas imagens (retiradas da internet) apenas mostram um bocadinho da realidade atual: lixo e carros, carros e mais carros nos pontos de interesse turístico (Lagoa do Fogo, Lagoa das Sete Cidades, Furnas, etc)
Não gosto de ver os Açores assim e, durante os meses de julho e agosto recuso-me a ir para estes pontos mais turísticos...
Cá em casa, quando se faz sopa, é à grande! Um panelão de sopa para a família toda. Quando não tenho sopa em casa parece que me falta tudo, por isso é raro o dia em que falta sopa na nossa mesa. Depois separo tudo em recipientes por refeição, para nós e para a Diana, e é só tirar do frigorífico.
Haverá grande diferença entre os jornalistas e os políticos? Não me parece. Uns dão trabalho aos outros, e assim vai mal o nosso país. Para que interessa saber se são 64 ou 65 as vítimas de Pedrógão Grande? O que interessa é que foram muitas! Para que interessa saber o nome de cada uma delas? É para andar a esmiuçar o passado, histórias e fotos de cada uma delas? Porque raio vão os jornalistas para o epicentro dos incêndios? É para mostrar que conseguem ser mais corajosos (e estúpidos) que os seus colegas de profissão? Se se desse menos tempo de antena aos incêndios e a questões mesquinhas como o número de vítimas, talvez o jornalismo e os políticos fossem profissões mais respeitadas...