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Os Açores estão na moda, todos os dias ouvimos notícias que o confirmam. Os voos low cost vieram trazer uma nova dinâmica à ilha de S. Miguel, principalmente. O número de hostels e de alojamento local aumentou drasticamente, bem como as empresas de aluguer de automóveis. O único problema é que a ilha não se preparou para tanta gente de uma vez, e os efeitos são visíveis:
Estas imagens (retiradas da internet) apenas mostram um bocadinho da realidade atual: lixo e carros, carros e mais carros nos pontos de interesse turístico (Lagoa do Fogo, Lagoa das Sete Cidades, Furnas, etc)
Não gosto de ver os Açores assim e, durante os meses de julho e agosto recuso-me a ir para estes pontos mais turísticos...
Com a chegada das low cost aos Açores, o número de empresas de observação de baleias e golfinhos aumentou e o número de saídas para o mar também.
No entanto, tudo isto trouxe uma maior pressão sobre os recursos marinhos, nomeadamente os golfinhos, que vêem o seu habitat natural invadido por humanos diariamente.
Segundo a notícia da RTP, "a mais antiga empresa de observação de cetáceos nos Açores vai deixar de realizar a atividade de mergulho com golfinhos", dizendo que "os golfinhos precisam de paz".
Este é um dos meus receios desde a entrada das low cost: que o turismo em massa destrua esta natureza única
Foi em abril deste ano que o tão desejado aconteceu: as low-cost chegaram aos Açores! Primeiro a EasyJet e passado uns dias a Ryanair.
Muita coisa mudou entretanto, como seria de esperar (há coisas boas e outras nem por isso):
Agora cada um que tire as suas ilações sobre aquilo que é positivo e aquilo que é menos bom...
Nota: Esta foto foi tirada há um ano atrás. Estive neste mesmo local na semana passada e era quase impossível tirar uma foto igual dada a quantidade de gente...
As low-cost já chegaram aos Açores, mais propriamente à ilha de S. Miguel.
Hoje foi dia de estreia da Ryanair
Faz-me reviver os meus primeiros dias cá, a emoções e o nervoso miudinho à mistura.
Não conhecia nada, nunca tinha cá estado; contaram-me muitas coisas, umas verdade mas outras sem cabimento nenhum, tais como "não há semáforos, não há pontes, não há rotundas"... Quando me lembro disto ainda me rio sozinha...
Mas ver aviões a aterrar também me faz pensar na ilha maravilhosa que os muitos turistas que vão naquele avião vão encontrar: natureza viva, lagoas em vulcões, comidas feitas debaixo da terra, um sol maravilhoso de manhã interrompido por uma "pancada de água" de tarde, vacas felizes, pimenta da terra em todos os temperos, um verde como não há igual, plantações de chá únicas na Europa,... E muito mais havia a dizer!
Mas prefiro que venham. Venham e vejam isto com os vossos próprios olhos. Não há fotografias que transmitam tudo isto que descrevi, mas mesmo assim vou tentar: