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Deu para matar muitas das saudades que deixei na "minha" ilha. As paisagens, os amigos, a natureza, o antigo trabalho, o clima, os colegas, o calor bom...
Mas estas foram umas férias diferentes, já que o objetivo principal era fazer a escritura da minha casa. Foi fácil de vender, tal é a procura de casas no centro da cidade de Ponta Delgada.
Custou muito. Foi mais um elo de ligação aos Açores que se quebrou. O próximo é mudar a morada no cartão de cidadão e deixar de ser residente nos Açores oficialmente.
Está a custar, e muito...
Hoje fiz umas contas que me deixaram a pensar, mais uma vez, se terei tomado a decisão correta ao voltar dos Açores para o Continente: acordo às 7h para trabalhar às 10h.
Saio do trabalho às 16h para chegar a casa às 18h.
Ou seja, 5h "perdidas" durante o dia. Para trabalhar 5h por dia...
Ai meus ricos Açores...
Todos os dias me perguntam "Porque vieste embora daquele paraíso?".
E eu fico sem saber o que responder...
Acho que já vi mais acidentes numa semana do que em 5 anos nos Açores...
Depois de 5 anos por terras açorianas, voltar ao Continente é um misto de alegria, por estar junto à família, mas ao mesmo tempo muita nostalgia por estar a deixar uma terra que é um verdadeiro paraíso, em todos os aspetos.
Mas para já tenho de voltar a habituar-me ao frio e ao trânsito. Mesmo que o trânsito por Braga não seja muito (comparando com Lisboa), é sempre muito mais que em Ponta Delgada. Eu que raramente pegava no carro, agora tenho de usar o carro para tudo.
A ver se me habituo de novo...
Foram 5 anos neste paraíso. Numa ilha verde, linda de morrer! Todos os dias me apaixonava um pouco mais por este recanto do nosso país, e muitas vezes me perguntei se não estaria num outro destino paradisíaco, talvez no Havai, Amazónia, etc.
Chegámos a S. Miguel em janeiro de 2013, solteiros e sem nada. Saímos daqui em janeiro de 2018 casados, com casa (que entretanto vamos vender), com carro e com 2 filhas lindas! Ou seja, vou embora de coração cheio e agradecida por tudo o que esta terra me deu.
Mas, como muitos compreendem, a família faz muita falta, principalmente quando se tem filhos. Ficamos desamparados, não temos ninguém cá que nos apoie caso seja preciso. E isso fez-nos pensar em voltar.
Mas se até agora as nossas férias eram no Continente, a partir de agora serão nos Açores, nas várias ilhas de preferência, já que ainda nos faltam conhecer S. Maria, S. Jorge e a Graciosa. Voltaremos, com certeza!
E agora vem a parte pior... AS MUDANÇAS!
Regressar ao trabalho depois de 6 meses em casa é estar constantemente a perguntar:
"Isto ainda se faz assim?"
6 meses depois o inevitável tinha de acontecer: voltar ao trabalho.
Parece que ainda foi ontem que descobri que estava grávida e entretanto ela já nasceu e já tem 5 mesinhos... Haja energia para o regresso à realidade!
Não me lembro de ter um mês tão atribulado como este último.
Tudo começou no dia 30 de novembro de 2015, quando dei à luz uma princesa linda de seu nome Diana. Daí em diante dá para imaginar, razão pela minha ausência prolongada.
Duas semanas em terras açorianas e depois viagem para o Continente para passarmos o Natal e Passagem de Ano também não ajudaram a acalmar.
Ontem foi dia de regressar à ilha e agora é tempo de estabelecer rotinas, e uma delas é voltar ao blog mais vezes. Prometo!
Mas não faz mal, vim de baterias recarregadas e pronta para enfrentar o verão que ainda está para vir, mas desta vez por terras açorianas.
Foram umas férias super recheadas: casamento, comunhões, Algarve, Alentejo, Minho, amigos, família, compras, sol e muito calor!
Já vos conto tudo