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Primeira grande diferença sentida nesta primeira semana: aqui no Continente tenho de pegar no carro para tudo.
Só esta pequena mudança na rotina já me está a deixar cansada. O tempo que uma pessoa perde na estrada é impressionante
Em Ponta Delgada ia para o trabalho a pé, levava a Diana à creche a pé, ia até ao centro tomar um cafezinho a pé, ia às compras ao Parque Atlântico a pé... O carro ficava para o fim de semana, para ir até às Furnas ou Sete Cidades.
Ai as saudades...
Depois de 5 anos por terras açorianas, voltar ao Continente é um misto de alegria, por estar junto à família, mas ao mesmo tempo muita nostalgia por estar a deixar uma terra que é um verdadeiro paraíso, em todos os aspetos.
Mas para já tenho de voltar a habituar-me ao frio e ao trânsito. Mesmo que o trânsito por Braga não seja muito (comparando com Lisboa), é sempre muito mais que em Ponta Delgada. Eu que raramente pegava no carro, agora tenho de usar o carro para tudo.
A ver se me habituo de novo...
Muito trânsito logo de manhã
Resumo das primeiras 48h em Lisboa: vi um atropelamento, vi um rapaz a desmaiar no meio da rua, demorei 45 minutos no trânsito para ir da Av. Almirante Reis até ao Colombo... 48h aqui e já estou cansada!
Quem conhece Ponta Delgada sabe que as ruas aqui no centro da cidade são todas estreitinhas e de sentido único, onde muitas vezes até os peões têm de se desviar para não levarem com o espelho retrovisor nos braços.
Ontem, numa dessas ruas, o trânsito estava completamente parado e a fila já começava a aumentar consideravelmente. Não conseguia perceber o que se passava, até que vejo alguns condutores que estavam à minha frente a sair do carro e a ajudarem a empurrar um carro que não pegava.
Como a condutora desse carro avariado não conseguia colocar o carro em cima do passeio para desimpedir a estrada, vários condutores deram uma mãozinha.
Mesmo não tendo ajudado porque não conseguia perceber o que se passava (e também estando grávida não é muito aconselhável andar a empurrar carros) adorei ver todo o espírito de entreajuda que ainda existe na sociedade